Oito policiais militares são presos no Piauí suspeita de fraudar concurso.

A Polícia Civil do Piauí deflagrou, na manhã desta terça-feira (13), a Operação Fraudulenti e prendeu oitos policiais militares no Estado. Os presos são suspeitos de fraudar o  concurso público da Policia Militar do ano 2014. 

A operação, deflagrada pela Delegacia de Combate à Corrupção – DECCOR –, tem como objetivo dar cumprimento a nove mandados de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juízo da 1° Vara Criminal da Comarca de Teresina. Dos alvos, oito são policiais militares. Dois deles foram presos no quartel da PM, na cidade de Simões, no interior do Estado.                  

Cerca de 30 policiais civis participam da operação, com o apoio da Polícia Militar. Além de fraude a concurso público, os presos são suspeitos de  furto e associação criminosa.

A delegada Tatiane Trigueiro, titular da DECCOR, informou que os presos na operação tinham um grupo no Whatsapp onde debochavam do Grupo de Repressão ao Crime Organizado- GRECO, que iniciou as investigações sobre a fraude. 

“Eles tinha um grupo de Whatsapp chamado Pelotão Greco – e diziam “GRECO entrou no grupo, quem fez 69 pontos na prova sai. Eles ironizavam a polícia. Em uma apreensão em 2017 tivemos acesso ao celular que tinha esse grupo”, disse a delegada.

A investigação que resultou na prisão temporária dos policias militares iniciou em 2014. Na época foi descoberto que os suspeitos fizeram a mesma pontuação na prova e todos eram próximos, alguns, inclusive, familiares. Os policiais presos são identificados como Gitã Duarte Ferro, Gezza Duarte Ferro [irmãos], Antônio Francisco Mendes da Silva, Fernando Coutinho dos Santos, Danilo Barros e Silva, Jeová Gomes da Silva e Bráulio Siqueira Cândido de Sousa e Francisco de Assis Gonçalves da Silva. Os dois últimos são suspeitos de fraudar o teste da aptidão física do certame. 

Os investigados moravam na região do bairro Renascença, zona Sudeste.  O único preso na operação  que não é atualmente policial militar foi identificado como Antônio Yuri Rodrigues da Cruz Neto. Segundo a polícia, ele era funcionário da gráfica onde as provas foram impressas.

“Em interrogatório um dos acusados admite que furtou essa prova e deu a  prova para outros investigados”,conta a delegada. No depoimento Antônio disse que não recebeu dinheiro dos suspeitos e que  repassou a prova “por amizade”.

A polícia não descarta a possibilidade de desdobramento da operação. Questionada sobre a demora na prisão dos suspeito, o secretário estadual de Segurança, Fábio Abreu, disse que o tempo foi necessário para que as prisões fossem “bem fundamentadas”. 

Os policiais presos serão encaminhados ao presídio militar.


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