É comum irmos a um profissional de saúde após apresentarmos alguns sintomas de uma determinada doença. No entanto, somos supervisionados muitas vezes inadequadamente. Muitos não sabem, mas problemas digestivos estão mais associados a deficiência de ácido clorídrico, ora o seu excesso. Muitas pessoas sofrem com azia, refluxo ácido, dores no estômago, sensação de peso após a alimentação e até enjoos e não sabem ao certo os motivos de sentirem isso. Frequentemente acreditam ser causado por alguma comida diferente que tenha feito mal. Mas ao contrário do que muitos pensam, esses problemas digestivos são causados pela baixa acidez no estômago e podem representar sérios problemas para a saúde do indivíduo.
O PROCESSO DISGETIVO:
O corpo humano trabalha como uma fábrica onde cada órgão possui uma função complementar a outra, e o sistema digestivo não é diferente. O processo tem início na boca que tem a função de triturar os alimentos e reduzi-los em pedaços pequenos o suficiente para que sejam engolidos. Os alimentos triturados chegam então ao estômago que funciona como um processador transformando esses pequenos pedaços em uma “sopa ácida” que é chamada de ‘quimo’.
Esse processamento é possível através do suco gástrico (HCI – ácido clorídrico), altamente ácido, presente no estômago que dissolve os alimentos em pequenas moléculas. Uma das principais enzimas responsáveis por esse processamento do alimento no estômago é a pepsina, que é bastante ativa quando o pH está entre 2,0 e 3,0, e tornase completamente inativa quando o pH está acima de 5,0. Dessa forma para que pepsina exerça sua função adequadamente, é necessário que haja acidez no estômago. A próxima parada do alimento é o duodeno que, ao perceber a acidez da “sopa”, libera um hormônio, a secretina, que estimula o pâncreas a produzir as substâncias necessárias para que a absorção dos nutrientes aconteça adequadamente no intestino. Ao chegar ao intestino, a “sopa” já não é mais ácida, porém é muito rica em nutrientes que serão absorvidos pelo organismo e direcionados para as necessidades do corpo.
HIPOCLORIDRIA OU ACLORIDRIA:
Quando a produção de suco gástrico é baixa ou inexistente o estômago não consegue processar os alimento adequadamente e todo o processo digestivo fica prejudicado a partir desse ponto. Esses quadros são chamados de Hipocloridria (baixa produção de acidez no estômago) ou Acloridria (quando o organismo não produz o ácido gástrico).
Com a falta de acidez o duodeno não percebe a presença da “sopa” e não libera a secretina, consequentemente o pâncreas não produz as substâncias responsáveis pela absorção dos nutrientes, e então o intestino não é capaz de absorver aquilo que serviria de alimento para o organismo, como cálcio, zinco, magnésio, sódio, cromo, cobre, selênio e manganês. E ao longo desse processo digestivo errado, muitos sintomas e problemas acontecem.
CONSEQUÊNCIAS DA BAIXA ACIDEZ NO ESTÔMAGO:
Sensação de peso: com a redução de acidez no estômago o alimento ficará mais tempo parado até seguir seu caminho para o duodeno e isso causa a famosa sensação de estar “cheio”.
Refluxo e azia: com a permanência do alimento por mais tempo no estômago, ocorre a fermentação e com isso alguns gases são gerados aumentando a pressão interna no estômago, o que causa a sua abertura para o esôfago, liberando os gases. Esses gases, apesar de não estarem tão ácidos como deveriam, são mais ácidos do que o pH do esôfago, e causam a famosa sensação de queimação.
Proliferação de bactéria: a maioria das bactérias não sobrevive à acidez no estômago, mas algumas conseguem permanecer vivas apesar de não poderem se multiplicar muito. Quando o estômago não produz a quantidade suficiente de suco gástrico essa bactérias se proliferam rapidamente e são enviadas juntamente com a “sopa” para o intestino, onde podem causar danos sérios à saúde como as infecções intestinais. O processo é o mesmo em relação aos fungos e vírus.
Alergias alimentares: quando a “sopa – não tão – ácida” chega ao intestino sem que todas as substâncias necessárias para a absorção dos nutrientes estejam presentes, alguns dos peptídeos de alimentos mal digeridos podem passar para a corrente sanguínea. O sangue, por sua vez identifica esses “corpos estranhos” e inicia um processo de combate, criando anticorpos, e assim surgem as alergias alimentares.
SINTOMAS DA BAIXA PRODUÇÃO DE ACIDEZ NO ESTÔMAGO:
Azia e refluxo;
Sensação de inchaço e peso no estômago;
Indigestão e prisão de ventre;
Mau hálito;
Alergias alimentares;
Indisposição;
Asma;
Osteoporose;
Anemia;
CAUSAS DA BAIXA PRODUÇÃO DE HCI:
Apesar de pouco divulgado, esse problema já é estudado e conhecido há muitos anos e as principais causas estão relacionadas à idade, má alimentação ou estilo de vida, uso de medicamentos, estresse e ansiedade. A idade é um fator importante, mas não é condição determinante, sendo normalmente um potencializador acumulado às outras causas. A má alimentação pode causar a deficiência de nutrientes importantes para a produção do HCI, como o zinco, por exemplo. Alguns medicamentos como anti-inflamatórios e aspirinas, podem provocar lesões na mucosa que reveste o estômago e assim comprometer a produção do ácido clorídrico também. E por último a ansiedade e o estresse que desencadeiam um processo cerebral de alerta que direciona toda a energia do corpo para órgãos vitais e paralisa as funções digestivas. É um processo natural e altamente eficaz em momentos de perigo e medo, mas muito prejudicial quando não há o perigo e a sua alimentação é normal, precisando do bom funcionamento digestivo. Tratamento para os problemas digestivos Aqui entra uma curiosidade que fará você rever suas atitudes na próxima vez que sentir azia. Quando você sente algum incômodo digestivo, azia, refluxo, sensação de peso, o que você normalmente faz? Isso mesmo, toma um antiácido. E qual é a função dos antiácidos? Retirar a acidez do estômago. Ou seja, você resolve o sintoma imediato, mas piora a causa do seu desconforto e provavelmente irá sentir o mesmo problema na próxima refeição e terá que tomar novamente um antiácido, e o ciclo vicioso se instala. O melhor tratamento é combater as causas do problema. Existem tratamentos naturais, alternativos à ingestão de outros medicamentos, que podem auxiliar muito na solução desses problemas, entre eles estão a suplementação de Magnésio e de Ácido Málico. O magnésio é um importante mineral que possui funções em mais de 300 processos do organismo e sua deficiência pode causar diversos problemas de saúde. Uma das principais funções do magnésio está relacionada ao relaxamento do corpo e sensação de bem-estar, já que ele é responsável pela produção de neurotransmissores que coordenam essas atividades. Já o ácido málico é um composto orgânico muito importante na produção da pepsina, enzima responsável pela digestão dos alimentos no estômago. A ingestão de ácido málico em quantidade adequada fornece o hidrogênio necessário para desencadear a liberação da pepsina, favorecendo assim o processo de digestão. Ácido Málico na prevenção de problemas digestivos e magnésio em suplementos
Em geral o consumo do magnésio e do ácido málico através da alimentação é insuficiente. Pois os níveis desses nutrientes nos alimentos são baixos em relação ao que nosso organismo necessita, por isso normalmente os médicos ou nutricionistas recomendam a sua suplementação.
Existem diversos tipos de suplementos, alguns exclusivos de cada substância, mas no caso do Magnésio e do Ácido Málico existe o Magnésio Dimalato que reúne os dois nutrientes em quantidades adequadas, oferecendo os benefícios de ambos ao organismo. A suplementação de magnésio dimalato pode ser considerada uma poderosa forma de prevenir problemas digestivos, além de tratar casos já instalados de baixa produção de HCI.
Um forte abraço.
Estou aguardando seu contato, Fabricio Moura Soares
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